Inspirado na ponte autoportante de Leonardo da Vinci, o arquiteto Diego Poblete desenvolveu uma estrutura montada em menos de 15 minutos e que, segundo o estudo, poderia suportar cerca de 500 kg. Concentrando-se no objetivo de solucionar problemas de conectividade em localidades rurais, Poblete desenvolve um sistema de peças de madeira que são montadas entre si sem usar um só parafuso, otimizando o uso de recursos e facilitando sua construção.
Com isso podemos facilitar o trajeto das crianças à escola em bairros rurais, em áreas onde os caminhos são interrompidos por rios e córregos. Além disso, uma vez que a estrutura tenha cumprido sua vida útil, as peças podem ser facilmente substituídas por outras novas, ainda que a madeira, sendo um material natural, possa ser reutilizada ou reciclada. Desta forma, a ponte de pedestres é também uma solução amigável ao meio ambiente.
O projeto nasce do trabalho de graduação do arquiteto como uma passarela e baseada em módulos que podem ser replicados para abranger tramos maiores, sendo sua principal vantagem a não utilização de pregos e parafusos, utilizando a tradicional técnica de encaixes de madeira.
Dos arquitetos. O Departamento de Arquitetura da Universidad Técnica Federico Santa María oferece 6 modalidades de titulação. A modalidade (I+D) Investigação+Desenvolvimento inscreve-se dentro das áreas de profundidade do Departamento de Arquitetura.
Na Semana da Madeira 2017 apresentamos o trabalho de graduação em (I+D) de Diego Poblete dentro da Área de aprofundamento em Computação, defendido em janeiro de 2017.
Trata-se de um protótipo de uma passarela de pedestres de 4 metros de vão, sem apoios intermediários e sem ferragens, inteiramente em madeira e montada através de um robô industrial KUKA KR125/2.
O protótipo, fabricado por Diego Poblete e o professor Francisco Quitral (Arquiteto) no Centro Integrado de Manufatura e Automatização CIMA da Universidade, inspira-se em uma ponte autoportante cuja invenção é atribuída a Leonardo da Vinci.
O princípio da reciprocidade estrutural sobre o qual se baseia o projeto original foi complementado pelo desenho e usinagem de encaixes trapezoidais colados para evitar o deslocamento das peças estruturais. O protótipo exposto corresponde a uma das múltiplas instâncias possíveis de um modelo paramétrico que associa automaticamente sua geometria e os caminhos de usinagem necessários para sua fabricação em madeira com um robô industrial.
O modelo de passarela aplica os fundamentos do Projeto Variacional na fase de produção, superando a brecha entre o projeto e a produção.